Meu saco de rimas esvaziou
Me disseram que em Sampa podemos encontrar de tudo.
Será que consigo encontrar umas rimas em promoção?
Tipo liquidação de Natal?
Se alguém puder me indicar, ficarei grata.
Eternamente grata. (tocante, não?)
Como não podia deixar de ser: Natal
Confesso que estou sem inspiração nenhuma. Talvez, a transpiração seja bem maior, afinal o calor está de queimar os miolos.
Taí uma boa desculpa para minha falta de inspiração. É o calor. Queimou todos os meus miolos. Estou miolísticamente impossibilitada de escrever algo realmente bacaninha.
Mas, vamos lá. Vamos ver no que dá.
Enfim acabou o Natal, estamos todos aí, nada mudou, a não ser o rombo na minha conta bancária.
Tantos preparativos, tanta ansiedade e expectativa....e puf! evaporou!
Hoje, estamos todos sonolentos, alguns com ressaca, eu estou aqui jiboiando, tentando fazer digestão. Arroz de forno, bolinho de bacalhau, vinho seco, vinho tinto, frizante, cidra, champagne, caracu, peru, pernil, maionese, frutas secas....meu Deus, não sei como estou conseguindo raciocinar...
Natal é uma data engraçada mesmo! Todos se cumprimentam, contam causos, engraçados, trágicos, dramáticos, tem pra todo gosto. Tem gente chata, tem gente legal, tem gente que a gente nem percebe que está lá. Tem gente que só vem nessa época. Durante o ano, nem um telefonema.
Tem sempre alguém que fica sem presente e a nossa vó tem sempre aquele presente coringa, uma caneca, um vaso, ahahah, acho que era melhor ficar sem presente mesmo! Que dó!
E o consumismo pré-Natal, não tem como não comentar. Um horror!
Gastei meu décimo terceiro, que demorei sete meses para receber, em apenas meia hora! Estou desapontada comigo mesma!
Outro dia, estava eu, em uma loja de calçados no Alphaville, provando vários modelos, e eis que estava lá uma dessas peruas que moram pelas redondezas. Cabelos bem escovados, loiros, quase brancos, roupas espalhafatosas e estávamos comentando sobre a necessidade de consumir cada vez mais, de nunca estarmos satisfeitos.
Ela disse,então,que só iria parar de comprar bolsas, sapatos e roupas quando estivesse com Alzhemer (não sei se é assim que escreve). Eu disse a ela que não seria uma boa ideia, pois ela iria comprar um sapato num dia e no outro já não se lembraria, então compraria o sapato novamente.
Quando chegasse em casa, se depararia com o guarda-roupas da Mônica, com peças repetidas. Que maldade!
Comecei a pensar, será que a Mônica sofre de Alzhemer?
Enfim, Natal é isso. Enfim, Natal acabou. Ficaram as dívidas.
Ficou a dúvida. Será que aquele primo,que você viu pela última vez quando ainda era criança, é? Que maldade!
Agora vou ter que correr para comprar aquela blusinha branca pra combinar com a sandália branca e com a calcinha branca.
(desculpas de uma consumista voráz).
Vou ficando por aqui.
Tudo de melhor em 2007!
Que o novo ano traga minha inspiração de volta!
Taí uma boa desculpa para minha falta de inspiração. É o calor. Queimou todos os meus miolos. Estou miolísticamente impossibilitada de escrever algo realmente bacaninha.
Mas, vamos lá. Vamos ver no que dá.
Enfim acabou o Natal, estamos todos aí, nada mudou, a não ser o rombo na minha conta bancária.
Tantos preparativos, tanta ansiedade e expectativa....e puf! evaporou!
Hoje, estamos todos sonolentos, alguns com ressaca, eu estou aqui jiboiando, tentando fazer digestão. Arroz de forno, bolinho de bacalhau, vinho seco, vinho tinto, frizante, cidra, champagne, caracu, peru, pernil, maionese, frutas secas....meu Deus, não sei como estou conseguindo raciocinar...
Natal é uma data engraçada mesmo! Todos se cumprimentam, contam causos, engraçados, trágicos, dramáticos, tem pra todo gosto. Tem gente chata, tem gente legal, tem gente que a gente nem percebe que está lá. Tem gente que só vem nessa época. Durante o ano, nem um telefonema.
Tem sempre alguém que fica sem presente e a nossa vó tem sempre aquele presente coringa, uma caneca, um vaso, ahahah, acho que era melhor ficar sem presente mesmo! Que dó!
E o consumismo pré-Natal, não tem como não comentar. Um horror!
Gastei meu décimo terceiro, que demorei sete meses para receber, em apenas meia hora! Estou desapontada comigo mesma!
Outro dia, estava eu, em uma loja de calçados no Alphaville, provando vários modelos, e eis que estava lá uma dessas peruas que moram pelas redondezas. Cabelos bem escovados, loiros, quase brancos, roupas espalhafatosas e estávamos comentando sobre a necessidade de consumir cada vez mais, de nunca estarmos satisfeitos.
Ela disse,então,que só iria parar de comprar bolsas, sapatos e roupas quando estivesse com Alzhemer (não sei se é assim que escreve). Eu disse a ela que não seria uma boa ideia, pois ela iria comprar um sapato num dia e no outro já não se lembraria, então compraria o sapato novamente.
Quando chegasse em casa, se depararia com o guarda-roupas da Mônica, com peças repetidas. Que maldade!
Comecei a pensar, será que a Mônica sofre de Alzhemer?
Enfim, Natal é isso. Enfim, Natal acabou. Ficaram as dívidas.
Ficou a dúvida. Será que aquele primo,que você viu pela última vez quando ainda era criança, é? Que maldade!
Agora vou ter que correr para comprar aquela blusinha branca pra combinar com a sandália branca e com a calcinha branca.
(desculpas de uma consumista voráz).
Vou ficando por aqui.
Tudo de melhor em 2007!
Que o novo ano traga minha inspiração de volta!
Esperança
Vai voltar
Eu sei que vai voltar
Fico calada esperando
Tenho certeza
Está chegando
Ouvi seus passos
É ele
Eu sei que é
Estou preparada para os abraços
Não é
Desta vez não é
Mais uns minutos e ele volta
Horas passam
E não volta
Minutos, horas, dias, meses, anos
Vai voltar
Hum. Não volta
E vou vivendo
Esperando
Vivendo
de
Esperança
Espera sentada porque em pé cansa.
Eu sei que vai voltar
Fico calada esperando
Tenho certeza
Está chegando
Ouvi seus passos
É ele
Eu sei que é
Estou preparada para os abraços
Não é
Desta vez não é
Mais uns minutos e ele volta
Horas passam
E não volta
Minutos, horas, dias, meses, anos
Vai voltar
Hum. Não volta
E vou vivendo
Esperando
Vivendo
de
Esperança
Espera sentada porque em pé cansa.
O último piu.
Este poeminha singelo foi escrito em homenagem ao meu cachorro Chico que acabou de matar um passarinho.
O Chico matou um passarinho
O Chico matou e estraçalhou um passarinho
O Chico matou, estraçalhou e mastigou um passarinho
O Chico matou, estraçalhou, mastigou e engoliu um passarinho
O Chico matou um passarinho
O Chico arrotou um passarinho
Ouvi o último piu
Piu e digeriu
O Chico matou um passarinho
O Chico matou e estraçalhou um passarinho
O Chico matou, estraçalhou e mastigou um passarinho
O Chico matou, estraçalhou, mastigou e engoliu um passarinho
O Chico matou um passarinho
O Chico arrotou um passarinho
Ouvi o último piu
Piu e digeriu
Não sou mais daqui
Vou andando por aí
Procurando idéias soltas
Voo andando por aí
Ando voando por ali
Voo alto sem sair daqui
Eu vim de lá
Eu não sou mais daqui
Procurando idéias soltas
Voo andando por aí
Ando voando por ali
Voo alto sem sair daqui
Eu vim de lá
Eu não sou mais daqui
Comemoração
Comemorar
Comer e Morar
Milhões de Brasileiros não podem comemorar
Eles não têm o que comer
Nem têm onde morar
Comer e Morar
Milhões de Brasileiros não podem comemorar
Eles não têm o que comer
Nem têm onde morar
Ao Hélio
Durante esse último mês, assistimos e apresentamos (nós que fazemos publicidade e temos aula de cultura e cidadania assistimos e apresentamos) seminários sobre diversos temas, sempre os relacionando com cidadania.
Acho que foram mais de dez grupos e, pelos meus cálculos, quase 90% começaram as apresentações citando a descrição do que é cidadania para o Dicionário Aurélio.
Diz assim: Cidadão: s.m. Indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado.
Então, na última apresentação, do antepenúltimo grupo, eu me enchi de ouvir a mesma coisa e virei pro lado, na direção do meu pseudo amigo, que escreve umas pseudocronicas e que eu estou dando o pseudonimo de Hélio. Então disse, baixinho: "Cidadão é o aumentativo de cidade."
Meu querido Hélio, deu um grande suspiro junto com um meio sorriso bem amarelo. Não disse nada.
Não sei ler pensamentos, mas a impressão que tive foi que ele pensou assim:
"Oh! Senhor! Perdoai, ela não sabe o que fala!
Me virei e voltei a minha insignificância.
Mas hoje, estou aqui para publicar a piadinha infame que fiz, só pra quebrar o gelo, e quem levou a gelada foi eu.
Seguem abaixo os dois primeiros verbetes para o Novo Dicionário Ao Hélio - Volume Único , o único com apenas dois verbetes:
Cidadania: Conjunto, coletivo de cidades.
Cidadão: Aumentativo de cidade, pode ser uma metrópole ou uma megalópole. Exemplo de frase: "São Paulo é um cidadão".
Bom, por hoje chega.
Senão, vocês vão começar a atirar ovos e tomates virtuais. Vai ficar impossível de ler qualquer coisa pelo meu monitor.
Ok, já vou indo.
Fui.
Acho que foram mais de dez grupos e, pelos meus cálculos, quase 90% começaram as apresentações citando a descrição do que é cidadania para o Dicionário Aurélio.
Diz assim: Cidadão: s.m. Indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado.
Então, na última apresentação, do antepenúltimo grupo, eu me enchi de ouvir a mesma coisa e virei pro lado, na direção do meu pseudo amigo, que escreve umas pseudocronicas e que eu estou dando o pseudonimo de Hélio. Então disse, baixinho: "Cidadão é o aumentativo de cidade."
Meu querido Hélio, deu um grande suspiro junto com um meio sorriso bem amarelo. Não disse nada.
Não sei ler pensamentos, mas a impressão que tive foi que ele pensou assim:
"Oh! Senhor! Perdoai, ela não sabe o que fala!
Me virei e voltei a minha insignificância.
Mas hoje, estou aqui para publicar a piadinha infame que fiz, só pra quebrar o gelo, e quem levou a gelada foi eu.
Seguem abaixo os dois primeiros verbetes para o Novo Dicionário Ao Hélio - Volume Único , o único com apenas dois verbetes:
Cidadania: Conjunto, coletivo de cidades.
Cidadão: Aumentativo de cidade, pode ser uma metrópole ou uma megalópole. Exemplo de frase: "São Paulo é um cidadão".
Bom, por hoje chega.
Senão, vocês vão começar a atirar ovos e tomates virtuais. Vai ficar impossível de ler qualquer coisa pelo meu monitor.
Ok, já vou indo.
Fui.
Referências
Segundo Manuel de Barros: "O poeta tem aura de ralo"
Concluo, com esta citação, que minha aura é ainda bastante rala para ser chamada de poeta.
Concluo, com esta citação, que minha aura é ainda bastante rala para ser chamada de poeta.
Filosofia
O que me motiva são os dias que ainda não vivi.
Espero, um dia, reverter esta situação e viver motivada pelo agora.
O agora está tão perto, tão íntimo, que o que realmente me desperta é a possibilidade do desconhecido, que sempre pode estar por vir.
Ou não. E nunca vem.
O desconhecido não existe.
Até que o descobrimos e passa a existir, sem nunca ter sido desconhecido.
Espero, um dia, reverter esta situação e viver motivada pelo agora.
O agora está tão perto, tão íntimo, que o que realmente me desperta é a possibilidade do desconhecido, que sempre pode estar por vir.
Ou não. E nunca vem.
O desconhecido não existe.
Até que o descobrimos e passa a existir, sem nunca ter sido desconhecido.
Rimazinhas
As cores das flores
Confortam as dores
De Dona Dolores
As lindas cores das flores
Alegram o dia
De Dona Florinda
Confortam as dores
De Dona Dolores
As lindas cores das flores
Alegram o dia
De Dona Florinda
Estrelas
Há anos não olho para o céu.
Não admiro seu azul.
Não me perco em suas nuvens.
Ontem, decidi matar a saudade.
Caí num buraco.
Bati a cabeça.
Vi estrelas.
Não admiro seu azul.
Não me perco em suas nuvens.
Ontem, decidi matar a saudade.
Caí num buraco.
Bati a cabeça.
Vi estrelas.
VOCÊ
Espírito
Aura
Alma
Essência
Enchimento
Preenchimento
Do vazio
Do seu corpo
Esguio
Transcende
Não cabe em ti
E se esparrama sobre mim
E me encobre
E me envolve
E preenche
O meu vazio
Relacionamento doentio.
Aura
Alma
Essência
Enchimento
Preenchimento
Do vazio
Do seu corpo
Esguio
Transcende
Não cabe em ti
E se esparrama sobre mim
E me encobre
E me envolve
E preenche
O meu vazio
Relacionamento doentio.
Encontro
Sorrir
Só rir
Somente vir ao seu encontro
E rir
E sorrir
E chorar
Rio de lágrimas
Rio das lágrimas
Rio das minhas lágrimas
Só rir
Somente vir ao seu encontro
E rir
E sorrir
E chorar
Rio de lágrimas
Rio das lágrimas
Rio das minhas lágrimas
João e Maria...e Antônio
Ouvi dizer que Maria quer ver João.
João nunca viu Maria.
Porque Maria se esconde atrás da construção.
João passa. Maria espia.
João já ao longe. E Maria suspira.
João já de volta, passa rente.
O coração de Maria dispara, de repente.
Os dias passam.
João segue passando.
E a construção está terminando.
A construção está pronta.
Maria se apronta.
Vai embora.
E na rua de baixo ouvi dizer que Antônio quer ver Maria.
Maria passa.
Antônio espia, suspira.
Maria nunca viu Antônio.
João nunca viu Maria.
João e Antônio são irmãos.
Gêmeos.
João nunca viu Maria.
Porque Maria se esconde atrás da construção.
João passa. Maria espia.
João já ao longe. E Maria suspira.
João já de volta, passa rente.
O coração de Maria dispara, de repente.
Os dias passam.
João segue passando.
E a construção está terminando.
A construção está pronta.
Maria se apronta.
Vai embora.
E na rua de baixo ouvi dizer que Antônio quer ver Maria.
Maria passa.
Antônio espia, suspira.
Maria nunca viu Antônio.
João nunca viu Maria.
João e Antônio são irmãos.
Gêmeos.
Coisa boa
Que coisa engraçada é gostar,
amar e se apaixonar
Que coisa clichê
Que coisa devastadora
Que coisa destruidora
Que coisa sublime
Que coisa repetitiva
Que coisa criativa e inovadora
Que coisa!
amar e se apaixonar
Que coisa clichê
Que coisa devastadora
Que coisa destruidora
Que coisa sublime
Que coisa repetitiva
Que coisa criativa e inovadora
Que coisa!
Para poucos
Eu, triste
Eu, feliz
Eu, cansada
Eu, engraçada
Eu, deprimida
Eu, apaixonada
Eu, desiludida
Eu, inconsequente
Eu, vivendo
Eu, somente respirando
Eu, TPM
Eu, todo o alfabeto
Eu, sem grilos
Eu, aos gritos
Eu, discreta
Eu, reluzente
Eu, simplesmente
Eu, feliz
Eu, cansada
Eu, engraçada
Eu, deprimida
Eu, apaixonada
Eu, desiludida
Eu, inconsequente
Eu, vivendo
Eu, somente respirando
Eu, TPM
Eu, todo o alfabeto
Eu, sem grilos
Eu, aos gritos
Eu, discreta
Eu, reluzente
Eu, simplesmente
Uma Amiga
Este escrito aí embaixo é em homenagem a uma amiga que me pediu quase de joelhos para que eu escrevesse algo sobre ela.
Bom, só para avisar, desta vez é de graça, cortesia da casa, próximas, só pagando. Mas aqui é satisfação garantida ou o troco de volta.
Aí vai.
Olhos que poderiam fazer parte de um personagem de mangá.
Pele que poderia desfilar nas passarelas do samba.
Língua afiada,
corta igual navalha.
Corpo que abriga muitos corações.
Mente que conserva valores,
Que muitos que hoje a olham, já perderam.
Uma amiga.
Simples assim.
Bom, só para avisar, desta vez é de graça, cortesia da casa, próximas, só pagando. Mas aqui é satisfação garantida ou o troco de volta.
Aí vai.
Uma amiga
Olhos que poderiam fazer parte de um personagem de mangá.
Pele que poderia desfilar nas passarelas do samba.
Língua afiada,
corta igual navalha.
Corpo que abriga muitos corações.
Mente que conserva valores,
Que muitos que hoje a olham, já perderam.
Uma amiga.
Simples assim.
Não sei
Nem vem que não tem
Vem que não tem
Que não tem
Não tem
Tem
Tem não
Tem não que
Tem não que vem
Tem não que vem que nem sei
Tem não que vem que nem sim
Tem sim que vem que nem não
Tem sim que nunca vem
Vem que não tem
Que não tem
Não tem
Tem
Tem não
Tem não que
Tem não que vem
Tem não que vem que nem sei
Tem não que vem que nem sim
Tem sim que vem que nem não
Tem sim que nunca vem
Família 1
Uma mulher com cinco filhos
Tem um marido que
tem outra mulher
Cinco filhos
Três meninos, duas meninas
Um deles, vai à escola
Outro, vai jogar bola
Outro, vai cheirar cola
Uma, se vende
Outra vende o filho que acabou de nascer
O pai é avô
A menina é mãe
Todos são nada
Tem um marido que
tem outra mulher
Cinco filhos
Três meninos, duas meninas
Um deles, vai à escola
Outro, vai jogar bola
Outro, vai cheirar cola
Uma, se vende
Outra vende o filho que acabou de nascer
O pai é avô
A menina é mãe
Todos são nada
Família 2
Puxa! 25 anos de casados!
Parece que foi ontem!
A mãe trabalha
O pai trabalha
O filho, o único filho,
estuda
Faz inglês, espanhol, natação
e musculação
Ainda sobra tempo para a azaração.
Em casa, três televisões
Três realidades
Três dimensões
Na cama,
Duas posições
O homem pra lá
A mulher pra cá
Bunda com bunda
Bodas de seiláoquê
No fim da festa:
- Foi bom pra você?
- Foi.
E bunda com bunda
Parece que foi ontem!
A mãe trabalha
O pai trabalha
O filho, o único filho,
estuda
Faz inglês, espanhol, natação
e musculação
Ainda sobra tempo para a azaração.
Em casa, três televisões
Três realidades
Três dimensões
Na cama,
Duas posições
O homem pra lá
A mulher pra cá
Bunda com bunda
Bodas de seiláoquê
No fim da festa:
- Foi bom pra você?
- Foi.
E bunda com bunda
Igreja
Escrevo ao som do sino da Igreja
Nunca entrei numa Igreja para rezar
Já entrei em muitas Igrejas
para a arquitetura admirar
Já paguei para entrar
Já saí sem pagar
Quando era criança
Aprendi
Que rezo em qualquer lugar
Nunca entrei numa Igreja para rezar
Já entrei em muitas Igrejas
para a arquitetura admirar
Já paguei para entrar
Já saí sem pagar
Quando era criança
Aprendi
Que rezo em qualquer lugar
8 coisas
Fiquei com vontade de escrever 8 coisas sobre mim. E escrevi.
1. Adoro destacar os passes de ônibus que recebo uma vez por mês. Adoro ouvir o som das folhas se separando e do risco de, a qualquer momento, com um puxão mais forte, uma delas se rasgar. ( Sim, eu ainda recebo passes de ônibus de papel.)
2. Adoro ter uns momentos meus, no sofá da sala, com os pés no encosto e praticamente assistir à TV de ponta-cabeça. ( mas só por uns minutos, pois aí me lembro do que minha avó dizia - que o sangue vai todo para a cabeça e posso ficar com a boca torta.....ou a boca torta seria pra quando eu lesse assim que acabasse de almoçar?...)
3. Adoro limpar meus livros e cd's e colocá-los em ordem de estilo literário ou musical e sei que a organização dura apenas 1 dia pois inconscientemente tiro tudo do lugar e coloco tudo de qualquer jeito. E assim, o ritual se repete no próximo fim de semana.
Ah! Também faço isso com meus sapatos e com minhas roupas. E tudo se desorganiza novamente. Definitivamente, eu não sou a pessoa mais indicada para sofrer de transtorno obsessivo compulsivo.
4. Eu odeio post-it. Não sei porquê, mas eu odeio.
5. Eu adoro tirar os pêlos da sobrancelha com a pinça. Um a um. Meu momento masoquista.
6. Eu adoro preparar saladas. Quando tenho tempo, sou eu quem as prepara. Pico tudo bem pequenininho. Gosto de dar uma forma diferente para cada legume. A salada fica beeem bonita. Até que chega minha mãe para temperar e bagunça tudo! hahaha! Destruidora de saladas!
7. Não gosto de fazer bolos, mas gosto, sim, de untar as fôrmas. Primeiro a margarina. ( Não gosto muito desta parte, porque o dedo fica todo melecado) Depois, a segunda etapa: a farinha. Gosto de ver a farinha caindo e grudando em toda a fôrma, que por fim, fica com um aspecto aveludado, toda branquiiinha.
8. Gosto de contar as moedas que tenho. Ao longo da semana vou enchendo minha bolsinha com as moedas que recebo de troco. Quando chega o fim de semana é hora de contabilizar. Gosto de contar uma por uma, para saber qual a fortuna acumulada. Ao fim da contagem, me distraio e logo esqueço o valor. E aí, saio para fazer outra coisa...
1. Adoro destacar os passes de ônibus que recebo uma vez por mês. Adoro ouvir o som das folhas se separando e do risco de, a qualquer momento, com um puxão mais forte, uma delas se rasgar. ( Sim, eu ainda recebo passes de ônibus de papel.)
2. Adoro ter uns momentos meus, no sofá da sala, com os pés no encosto e praticamente assistir à TV de ponta-cabeça. ( mas só por uns minutos, pois aí me lembro do que minha avó dizia - que o sangue vai todo para a cabeça e posso ficar com a boca torta.....ou a boca torta seria pra quando eu lesse assim que acabasse de almoçar?...)
3. Adoro limpar meus livros e cd's e colocá-los em ordem de estilo literário ou musical e sei que a organização dura apenas 1 dia pois inconscientemente tiro tudo do lugar e coloco tudo de qualquer jeito. E assim, o ritual se repete no próximo fim de semana.
Ah! Também faço isso com meus sapatos e com minhas roupas. E tudo se desorganiza novamente. Definitivamente, eu não sou a pessoa mais indicada para sofrer de transtorno obsessivo compulsivo.
4. Eu odeio post-it. Não sei porquê, mas eu odeio.
5. Eu adoro tirar os pêlos da sobrancelha com a pinça. Um a um. Meu momento masoquista.
6. Eu adoro preparar saladas. Quando tenho tempo, sou eu quem as prepara. Pico tudo bem pequenininho. Gosto de dar uma forma diferente para cada legume. A salada fica beeem bonita. Até que chega minha mãe para temperar e bagunça tudo! hahaha! Destruidora de saladas!
7. Não gosto de fazer bolos, mas gosto, sim, de untar as fôrmas. Primeiro a margarina. ( Não gosto muito desta parte, porque o dedo fica todo melecado) Depois, a segunda etapa: a farinha. Gosto de ver a farinha caindo e grudando em toda a fôrma, que por fim, fica com um aspecto aveludado, toda branquiiinha.
8. Gosto de contar as moedas que tenho. Ao longo da semana vou enchendo minha bolsinha com as moedas que recebo de troco. Quando chega o fim de semana é hora de contabilizar. Gosto de contar uma por uma, para saber qual a fortuna acumulada. Ao fim da contagem, me distraio e logo esqueço o valor. E aí, saio para fazer outra coisa...
Rio
O rio corre
Eu rio
Ele corre
Ele ri
Eu corro
O rio corre
Eu paro
O rio corre
Ele para
O rio corre
As águas se encontram
As almas se encontram
Eu rio
Ele corre
Ele ri
Eu corro
O rio corre
Eu paro
O rio corre
Ele para
O rio corre
As águas se encontram
As almas se encontram
Silêncio
Silêncio
Silêncio
Silêncio
Silêncio
Silêncio
Sem Lenço
- Atchim!
- Saúde.
Silêncio
Silêncio
Silêncio
Silêncio
Chapéuzinho
O moço pergunta:
- Quer almoçar?
A moça responde:
- Quero.
O moço diz:
- Tens preferência?
A moça:
- Não.
Chegando na casa do moço:
- Este é meu quarto.
A moça:
- Bonito. Mas e a cozinha? Onde fica?
O moço:
- Fica lá. Mas o banquete está aqui.
A moça faz cara de exclamação.
- Não avisei a você? Pensei que fosse gostar! Te trouxe aqui porque quero TE almoçar!
A moça espantada:
- Tarado!
- Não te avisaram que nesta história o lobo tem que comer a vovozinha?!
- Então vá comer a vovozinha!
E nunca mais se viram.
- Quer almoçar?
A moça responde:
- Quero.
O moço diz:
- Tens preferência?
A moça:
- Não.
Chegando na casa do moço:
- Este é meu quarto.
A moça:
- Bonito. Mas e a cozinha? Onde fica?
O moço:
- Fica lá. Mas o banquete está aqui.
A moça faz cara de exclamação.
- Não avisei a você? Pensei que fosse gostar! Te trouxe aqui porque quero TE almoçar!
A moça espantada:
- Tarado!
- Não te avisaram que nesta história o lobo tem que comer a vovozinha?!
- Então vá comer a vovozinha!
E nunca mais se viram.
No morro
Desço morro acima.
Subo morro abaixo.
Nasci lá no morro.
Moro lá embaixo.
Subo e desço.
Viro do avesso.
Me arrisco no morro.
Lá, não se importam se morro.
Porque se morro,
Logo nasce outro
Que vai morar no morro.
Subo morro abaixo.
Nasci lá no morro.
Moro lá embaixo.
Subo e desço.
Viro do avesso.
Me arrisco no morro.
Lá, não se importam se morro.
Porque se morro,
Logo nasce outro
Que vai morar no morro.
Segunda-feira. 2:00 da manhã.
- Você me ama?
- Amo.
- Mas você me ama muito ou pouco?
- Muito.
- Olha nos meus olhos e diz que me ama mesmo.
- Pronto. Te amo mesmo.
- Ah! Assim não! Seja mais romântico!!
E mais um crime passional virou notícia de jornal.
- Amo.
- Mas você me ama muito ou pouco?
- Muito.
- Olha nos meus olhos e diz que me ama mesmo.
- Pronto. Te amo mesmo.
- Ah! Assim não! Seja mais romântico!!
E mais um crime passional virou notícia de jornal.
Chama
Dentro de mim
Arde uma chama
Me chama
Envolva-se no meu calor
À noite, te encontrei com outra
Foi um balde d'água
Água fria
E a chama se apagou
Me afoguei num balde d'água
Águardente
Queimei suas fotos
Avistei outro
Que trouxe novos fósforos
Arde uma chama
Me chama
Envolva-se no meu calor
À noite, te encontrei com outra
Foi um balde d'água
Água fria
E a chama se apagou
Me afoguei num balde d'água
Águardente
Queimei suas fotos
Avistei outro
Que trouxe novos fósforos
Poema rápido
Correria
Corro de dia
Corro durante o dia
Odeio correria
Mas por você eu iria correndo até a Normandia.
Corro de dia
Corro durante o dia
Odeio correria
Mas por você eu iria correndo até a Normandia.
Iô-Iô
Meu mundo
Tem quatro cantos
Tem muitos cantos
Não tem arestas
Meu mundo
é além do mundo
é além de mim
Não cabe em mim
Meu mundo
começa em mim
e sai por aí
e volta pra mim
Meu mundo é um iô-iô
Tem quatro cantos
Tem muitos cantos
Não tem arestas
Meu mundo
é além do mundo
é além de mim
Não cabe em mim
Meu mundo
começa em mim
e sai por aí
e volta pra mim
Meu mundo é um iô-iô
A Noiva
A noiva é nova
Se casa às nove
Com o noivo
Que também é novo
Mas se perde
às nove
Ele está de caso novo
e não se casa com a noiva nova
A noiva nova fica velha
de tanto esperar às nove
Se casa às nove
Com o noivo
Que também é novo
Mas se perde
às nove
Ele está de caso novo
e não se casa com a noiva nova
A noiva nova fica velha
de tanto esperar às nove
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Pelas costas
Com um nó na garganta eu prendo meu choro O seu nó na gravata eu já não dou mais De tristeza, retorce meu estômago Por que você torce co...
-
Confesso que estou sem inspiração nenhuma. Talvez, a transpiração seja bem maior, afinal o calor está de queimar os miolos. Taí uma boa desc...
-
Este escrito aí embaixo é em homenagem a uma amiga que me pediu quase de joelhos para que eu escrevesse algo sobre ela. Bom, só para avisar,...