Bueno, voltei. Sem nenhum motivo especial, voltei.
Também não tenho nenhuma idéia genial, mas voltei.

Só tenho uma coisa a dizer: Por favor, fechem a porta do congelador!!

Nunca passei tanto frio na minha vida. Pra quê tudo isso? Alguém pode me explicar??
Já não preciso mais de guarda-roupas, pois me transformei num. Estou vestindo todas as minhas roupas, tudo ao mesmo tempo. Só assim consigo pesar 10 quilos a mais.

Além do frio, recebi de brinde diversos virus e bactérias.
É engraçado que quando andamos de ônibus, além de ter que dividir o mínimo espaço com mais 60 pessoas, você ainda tem que sentir aquela respiração ofegante no seu cangote, e ai daquele que reclama.
E no frio a coisa piora. Por mais que lá fora esteja frio, dentro do veículo a temperatura sempre aumenta um pouco, e com a concentração de mais pessoas, o calor humano é sempre bem vindo nessas horas, soma-se a isso os vidros todos fechados. Fechados e embaçados de tanto calor e tanta respiração coletiva. Pronto! Gripe na certa!
Foi o que aconteceu comigo na sexta-feira. Comecei a ficar rouca à tarde. Nada de mais. Achei que passaria. Senti também uma dor no meu olho direito. Achei que fosse algum sintoma novo da gripe.
O melhor de tudo é que sexta à noite iríamos para Ibiúna, em São Paulo. Pelo histórico de minhas passagens por lá, eu sabia que por mais calor que fizesse, ainda estaria frio.
E não deu outra. O frio era simplesmente o frio mais frio de todos os frios possíveis de serem frios. Minha nossa. Não aguentei.
Na primeira noite, enquanto todos cantavam Raul Seixas e tentanvam se aquecer com aquela caninha, eu estava lá na caminha, rodopiando de um lado para o outro, achando que de tanto me esfregar no colchão conseguiria produzir um pouco de calor.
Segundo dia.
Acordei cedo. Dormi mais que todo mundo. E fui tomar banho. Nunca tomei um banho tão rápido na minha vida. A água estava levemente congelada.
Passei o resto do dia tentado encontrar um jeito de me esquentar. Por alguns momentos, consegui.
Mas a voz rouca de pato velho travesti imperava e todos me olhavam com aquela cara de dó e posterior espanto.
Terceiro dia.
Não consegui abrir os olhos, ou melhor o olho direito. Senti que estava selado. Desculpem, é um pouco nojento, mas estava selado de tanta remela. Estava vermelho e inchado. Desconfiei. Mas, não quis acreditar.
O dia foi melhor, um sol tímido, mas estava mais disposta.
Voltei. Cheguei.

Estou de volta. Sem voz. Com conjuntivite. Nariz escorrendo. Peito cheio de catarro. E sem nenhuma idéia genial.

Pelas costas

Com um nó na garganta eu prendo meu choro O seu nó na gravata eu já não dou mais De tristeza, retorce meu estômago Por que você torce co...