Uma pausa para a poesia, para o humor, para coisas romantiquinhas e bonitas da vida. Estou com uma dúvida coçando aqui dentro da minha cabeça: O que está acontecendo? Só queria saber isso. Estou ficando com medo. E olha que eu sou uma pessoa super tranquila, tem uns que confundem tranquilidade com lerdeza, mas tudo bem.
Acho que estamos condenados mesmo, não tem mais jeito.
Nunca vi tanta violência, e o pior, violência pura, gratuita, em sua forma mais demoníaca e animalesca.
Hoje, ao ler o jornal, senti náuseas, pelas atrocidades que estão acontecendo. Somam-se a esse mal estar as sensações terríveis que senti depois de assistir Os Infiltrados, ontem.
Acho que os filmes de Tarantino estão perdendo o efeito.
Logo, logo, assistirei a Pulp Ficcion e bocejarei.
Pior do que cinema é o filme que nos é contado todos os dias nas páginas do jornal e em programas das 6 da tarde na TV.
Um dia é um prefeito louco que tem um piti na frente de todos, outro dia é uma ex-miss tendo os dedos cortados por causa de uma bolsa. Uma vez é uma outra ex-miss que desaparece e a polícia toda se mobiliza para encontrá-la e depois descobrem que ela está bem passeando feliz pelos jardins de Londres. Depois tem um filho que mata e esquarteja a mãe, guarda o corpo por 8 dias e diz que fez isso pois teve uma visão. Depois um menino de 6 anos é arrastado por 7km. Depois, um homem mata e guarda o corpo de outro dentro da laje da casa. Outra hora, um ônibus é incendiado matando 7 pessoas. Depois é o seu vizinho que é sequestrado. E tudo bem, afinal, são coisas da vida, acontecem, tudo muito normal e corriqueiro.
É a banalização da vida, da morte. Banalização da educação, de tudo.
Como é que vamos criar alguma consciência para tentar salvar o planeta, por causa do aquecimento global e da devastação desenfreada se não temos valores, se nossa vida e a dos outros não tem o menor valor?
A Sra. Natureza não vai nem precisar se preocupar em acabar com a vida na Terra. Ela pode deixar por nossa conta. Nós nos mataremos, uns aos outros, antes que as ondas gigantes inundem nossas casas. É muito mais simples. Cortaremos o mal pela raiz.
Encontrei a solução para o planeta! Vamos nos matar! Já que somos nós que acabamos com o planeta. No Iraque já estão fazendo isso, vamos seguir o exemplo deles. Mas suicídio não vale. O legal é ver quem consegue desfigurar mais o próximo. Cortando cabeças, membros, furando olhos, coisas desse tipo. O que acham? Boa ideia, não?
Estou ficando com medo, essa semana tive até um pesadelo, coisa que não lembro de ter acontecido antes comigo. Acordei assustada e fui correndo fechar a janela do meu quarto que estava um pouco aberta por causa do calor.
Sinceramente, não sei o que dizer, é lastimável.
De um lado, a tecnologia, que avança na velocidade da luz, e eu que já sou devagar, ainda estou lá atrás, de outro, uma regressão da humanidade, no que diz respeito à "humanidade" mesmo, estamos perdendo nossa humanidade. Estamos nos tornando apenas "seres"...indefinidos, sem alma, vazios, carcaças ambulantes perambulando por aí.
É o fim? Acho que sim.

2 comentários:

  1. Emy, compartilho disso contigo... Até pq, o Mobral do Kassab deu o piti dele a duas quadras de casa. Desgraçado, na minha vila não!!!

    ResponderExcluir
  2. Anônimo12:48 PM

    Emilie, Emilie.

    A cada dia te admiro mais. "A Sra. Natureza não vai nem precisar se preocupar em acabar com a vida na Terra. Ela pode deixar por nossa conta."

    1 beijo

    (saudades)

    ResponderExcluir

Pelas costas

Com um nó na garganta eu prendo meu choro O seu nó na gravata eu já não dou mais De tristeza, retorce meu estômago Por que você torce co...