Estou tentando escapar
Andando de um lado para o outro
Não encontro saída
Uma janela pequena
Uma fresta por onde a luz do sol entra
Me aquece um pouco
Procuro a saída
Por cada buraco na parede
Por cada fechadura
No canto úmido me sento
Penso um pouco
Mas a mente está vazia
Não entra nada, nem escapa
Tudo parado lá dentro
Quando uma nuvem passa no céu
A luz do sol desaparece
Não ouço nada
Sinto menos ainda
Meu estômago reclama
Mas não ligo
Não ligo uma coisa à outra
Aquela fome faz parte de mim
Além do meu estômago
Eu também ronco
Quando consigo pregar os olhos
O silêncio é tanto
Que acordo com medo
Meus cabelos caem
Já não tenho cabelos
À meia noite ninguém levará minha alma
Já não tenho alma
À meia noite minha vida não me levará a nada
Estou tentando escapar
De mim mesmo
Mas estou preso
E vou ficar aqui
Me consumindo
Matando minha fome
E calando a boca do meu estômago
Que ronca sem parar
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