Pelas costas


Com um nó na garganta eu prendo meu choro
O seu nó na gravata eu já não dou mais
De tristeza, retorce meu estômago
Por que você torce contra mim?

Me meti de cabeça nessa, rapaz
E com os pés nas costas, pelas costas
Você fala mal de mim

Meu olho arregalado
Ainda molhado,
custo a acreditar
Seu jeito de ser errado
Fácil me deixava de lado
Você nunca me soube amar.

Y va brotando...

Nunca pensei que voltar a escrever fosse ser tão complicado. Parece que depois de morar em outro país perdi a intimidade com minha língua materna e também não sou assim tão chegada do español pra me atrever a brincar com ele.
Estar fora, num país cheio de cores, cultura, diferenças e semelhanças é algo tão indescritível que me dá trabalho liberar esse montão de sentimentos que passam, ficam, voltam e se apresentam com outras formas a cada momento.
Depois de 2 anos agora sinto a necessidade de botar pra fora tudo isso..do jeito que vier, ruim ou bom, com técnica ou com intuição. Agora sim é o recomeço e hora de deixar a raiz crescer, chega de resistência.
É como quando a resistência do chuveiro queima e você tem que tomar banho na água fria, vai molhando as mãos, os braços, cada parte devagar para ir se acostumando e não sentir o baque de uma só vez (pelo menos é assim que faço). Talvez isso me permito pedir, um tempo, pouco a pouco, com cuidado, pisando em ovos até perder o medo e que voem as borboletas! haha.

Y va brotanto, brotando,
como el musguito en la piedra
ai si si si.


Meus músculos estão atrofiados
de tanto exercitar a mente
ando desconfiada
de que você me trai ultimamente

Já te dei o ultimato
Quero que você suma da minha frente
Enfrentar isso não é fácil
Explique-me o fato claramente

Sair de casa eu não saio
Pegue as trouxas e seu balaio
Vá pra bem longe, lá pra casa do
Sampaio.

Pelas costas

Com um nó na garganta eu prendo meu choro O seu nó na gravata eu já não dou mais De tristeza, retorce meu estômago Por que você torce co...